quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso. E ainda estou confuso, só que agora é diferente. Sou tão tranquilo e tão contente. Quantas chances desperdicei, quando o que eu mais queria era provar para todo o mundo que eu não precisava provar nada para ninguém? Me fiz em mil pedaços para você juntar, e queria sempre achar explicação pro que eu sentia. Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que mentir para si mesmo, é sempre a pior mentira. Mas não sou mais tão criança a ponto de saber tudo, já não me preocupo se eu não sei por que. Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê. E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você. Tão correto e tão bonito, o infinito é realmente um dos deuses mais lindos. Sei que, às vezes, uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas? Me disseram que você estava chorando, e foi então que eu percebi como lhe quero tanto. Já não me preocupo se eu não sei por quê. Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê. E eu sei que você sabe, quase sem querer, que eu quero o mesmo que você."

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

“Sou aquele pedacinho de inocência que deixei no berço, sou aquela imaturidade que perdi na adolescência, sou aquelas insanidades que cometia quando não possuía responsabilidades, sou aquela doçura infantil que tornou-se amarga ao crescer… Sou aquela falta de senso, sou aquele ser que escutava tudo e sobre tudo perguntava, que hoje fecha-se em lábios calados… Sou a antiga pureza que foi profanada. Sou o mancebo que tanto cortejava, e que não se importava em receber nãos. Sou aquela esperança, hoje tão rala, que aos poucos, esvai-se do meu coração. Sou feita do amor daqueles que me tanto amaram nesta vida passageira, sou feita do afeto tão precioso dos meus escassos, porém dedicados amigos. Sou a princesinha que cansou de sonhar acordada com seu príncipe encantado, sou a donzela que largou a vida de rainha atrás de aventuras, sou a adulta que não suporta a idéia de velhice… Sou o que perdi.”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

“Só me fala que vai me aturar. Aturar todas as minhas crises de ciúmes, meus momentos - não tão raros - sem paciência, as minhas desconfianças e meus surtos de insegurança. Aturar meus dramas, minhas teimosias, minha arrogância, minhas piadas sem graça e o meu não-romantismo. Aturar todos os meus tipos de provocação, meu amor por outras pessoas, minhas mudanças inconstantes de humor e de temperamento. Aturar minha mente confusa, minha memória irritante, minha sinceridade exagerada. Aturar quando eu falar que te amo mais e também quando eu não falar que te amo. Aturar e segurar tudo não por mim, nem por você… Mas por nós.”