quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Eu não faço a menor ideia de como esperar você me querer. Porque se eu esperar, talvez eu não te queira mais. Eu não queria ir embora e esperar o dia seguinte porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo, se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum equilíbrio  Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos."

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


Porque quando eu fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. Dilacerando felicidades de mentira, desconstruindo tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maças, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios.“Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?” Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para se arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

“Você ainda está aqui. Não fisicamente, mas aqui dentro de mim. Por que diabos você não vai embora? Não aguento mais isso. É torturante, devastador, dói demais. Você se foi, mas aqui ainda continuou tudo, as promessas não cumpridas, as palavras não ditas, as atitudes não pensadas, os momentos não vividos, o amor que nunca chegou a ser amor da sua parte. Falar pra esquecer isso tudo é inútil, eu não consigo nem tentando. Sabe o porquê? Porque isso sim é amor, não um sentimento maquiado que você inventou e me enganou. Às vezes sinto raiva de você, às vezes sinto raiva de mim por amar você. Só quero arrumar essa bagunça dentro de mim, vou enlouquecer! Mas como todos dizem “o tempo é o remédio pra tudo”, acredito neles. Mas se eles estiverem mentindo? Acreditei em você e você mentiu. Mas cá estou eu, esperando o tempo arrumar isso tudo, preencher o vazio cheio de lembranças que você deixou. Será que ainda vai demorar muito? Espero que não. Quero que com essa dose de tempo eu veja seu sorriso e não me sinta mais tão mexido, que eu escute sua voz e não me sinta mais tão arrepiado, que eu pare de te ver, sentir e ouvir em todos os lugares. Espero que esse amor desista logo de mim, pois já desisti dele faz tempo.”

sábado, 15 de dezembro de 2012

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada. Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória, sem sequelas  sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor. Era melhor.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012


Hoje eu tive a prova de que razão e emoção não andam juntas.Por mais que eu saiba que você gosta de outra,que nem liga pra mim,meu coração insiste em acelerar em te ver,minha mente insiste em entrar em transe.Meu celebro só quer saber se realmente é você,e as ilusões,antes adormecidas,voltam à tona.Depois que consigo sair desse transe incontrolável,a razão volta a tentar mostrar para a emoção que tudo não vale a pena,mas quem diz que ela ouve,continua a me iludir.Só espero que um dia isso passe,que um dia tudo volte a ficar bem,mesmo se você não estiver aqui…

sábado, 8 de dezembro de 2012


Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, nothing special, baby, não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


"Eu duvido. Duvido que você não chame meu nome quando você sente falta de alguém, duvido que não sinta falta do meu carinho sempre tão sincero, falta de me contar como foi seu dia, as histórias da sua vida que sempre foram pra mim melhor do que qualquer novela. Duvido que você não me procure nas biscates que você pega por aí, sempre tão vazias. Vazias igual a sua liberdade idiota que nunca te serviu pra porra nenhuma. Talvez esse seja o nosso problema, eu sou completa demais pra sua vidinha mais ou menos. Eu sinto, eu penso, eu falo, eu te conheço, isso te assusta né? “Tô invadindo seu espaço? Desculpa.” Essa fui eu, durante todo esse tempo, me desculpando por que mesmo? Me diminui pra você ficar maior, pra você não me perceber entrando na sua vida. Se você pudesse sentir o quanto isso dói você quem iria se desculpar. Eu queria ligar pra você, e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo pra não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural. Bobagem, como se algum ensaio no mundo fosse me deixar firme depois do seu ‘alô’. Então é isso, tô te escrevendo. Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo pra talvez um dia te enviar, mas to escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil meu bem. Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo pra ser mulher; Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem. Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar saindo nesse exato minuto. Não é com você, é comigo sabe? Por exemplo, EU te idealizo nesse momento como o melhor, não que você seja. Acho legal você brincar com a sorte, mas se eu fosse você não teria tanta certeza da minha posse assim. Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo. Ficou chocado? Acontece. Só queria te dá um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas sabe? E reza, reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência. E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou, sempre foi assim. Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto."

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


“Talvez uma das coisas mais importantes que aprendi é que alguns lugares tornam-se nossa casa fora de nossa casa habitual, e que as pessoas que se importam conosco vão nos abraçar e acolher não importa quanto tempo de ausência haja. Há um passado que simplesmente passa; e há um que vira história.”

sábado, 1 de dezembro de 2012

... E QUE VENHA DEZEMBRO...


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas

Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Esperança