sábado, 8 de junho de 2013


Agora, a noite, eu costumo dirigir para longe… Para longe das lembranças, para longe das promessas… Porque nada do que me foi dito era real… E eu criei dentro de mim expectativas demais, sonhos demais, ilusões demais…E vi a realidade tomar conta dos meus devaneios com uma velocidade inacreditável, na verdade, quando me dei por conta, as cores já haviam ido e eu estava oca novamente… O problema disso é que abala minha fé, eu deixo de crer que coisas boas acontecem a pessoas boas e corro para longe…

O amor é algo inventado, são suas expectativas de preenchimento sentimental transferidas para outras pessoas… Ninguém jamais vai te preencher, ninguém jamais ocupara esse espaço no teu peito… E se ocupar será temporário e a cada partida, a cada vez que você dirigir para longe, o buraco parecerá maior, e a vontade de voltar menor…

AC