quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

É hoje! Dia Mundial de Luta contra a Aids. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. E aí, vamos divulgar?


1º DE DEZEMBRO
Combate a preconceito é tema de Dia Mundial de Luta contra a Aids
Rede atende gratuitamente portadores de HIV/Aids
Fernanda França
Aperto de mão, beijo na boca, abraço e compartilhamento de utensílios não são comportamentos que transmitem Aids. Mas o preconceito ainda existe e é tema deste ano para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado no dia 1º de dezembro. Viver com Aids é possível. Com o preconceito não, lembra a campanha do Ministério da Saúde. Com a entrada dos antirretrovirais, a qualidade de vida do paciente é muito maior e a Aids passa de doença fatal a doença crônica.
“O preconceito ainda existe. Não se pega Aids sentando na mesma cadeira, usando a mesma piscina ou pelo beijo. A doença é transmitida pelo sangue, sexo e de mãe para filho”, explicou a enfermeira do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida. Por isso o preservativo é tão importante no combate à doença, seringas nunca devem ser compartilhadas e as grávidas portadoras de HIV devem ter acompanhamento médico.
“Os antirretrovirais entram em 1997 e mudam a vida dos pacientes, que passam a ficar vivos. Com o diagnóstico precoce, pode-se dar mais qualidade de vida ao paciente. A partir de 2000 entram os tratamentos para gestantes portadoras de HIV”, contou Clara. Os medicamentos antirretrovirais inibem a reprodução do HIV no sangue. O tratamento também é conhecido como coquetel.
O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 2000, em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos oito anos, as mortes por Aids em homens caem e em mulheres mantêm-se estáveis. Em Mogi Guaçu, até 1998 o número de mortes sempre superava o registro de pacientes vivos com a doença. A partir de 1999, os casos passam a ser equivalentes e em seguida aumentam consideravelmente os registros de pacientes vivos.
Em 1991, por exemplo, eram 10 pacientes e nove morreram. Em 1993, dos 15 portadores de HIV, apenas dois sobreviveram. Em 2002, eram 34 infectados e 26 permaneceram vivos. Em 2007, dos 40 pacientes, 33 continuaram o tratamento. Em 2008 foram apenas quatro mortes e em 2009 duas.
TRATAMENTO
Todo o tratamento para pacientes de Aids é gratuito no Brasil, que é considerado o país mais avançado do mundo na distribuição de medicamentos para portadores de HIV. Em Mogi Guaçu, todos os anos o Ministério da Saúde investe R$ 75 mil para compra de material com contrapartida de R$ 25 mil da Prefeitura Municipal. Os medicamentos são fornecidos pelo Governo Federal e custam cerca de R$ 3 mil por mês por paciente, além dos gastos com os laboratórios em que são feitos os exames, cerca de R$ 1,2 mil por paciente por ano. A Prefeitura investe R$ 80 mil com Recursos Humanos por ano na área de HIV/Aids.