segunda-feira, 27 de junho de 2011





De verdade verdadeira, sabe. Chega desse negócio de você longe de mim, anda. Põe um pé na frente do outro e corre na minha direção. Se equilibra em mim, seu ponto de apoio. Encosta tua boca na minha, deixa que elas se entendam, que briguem e façam as pazes ao mesmo tempo, se entendendo, se enlaçando. Me leva daqui, me põe nas costas e me deixa sentir o peso do teu corpo embaixo do meu, esquecer meus olhos nos seus, querendo você, você e você. Chega perigosamente perto, o bastante pra que você se prenda, que não queira ir, que me prenda como se tivesse a melhor coisa do mundo ali, na sua frente, assim como pretendo prender você, seus olhos, seu sorriso, suas mãos, braços, barriga, um pacote cheio de armadilhas, que você vai saber desvendar.